Segunda, 4 de fevereiro de 2013
Ontem o deputado Eduardo Cunha foi eleito líder do PMDB na Câmara:
Eduardo Cunha é o novo líder do PMDB na Câmara
E hoje, seu aliado político dentro do PMDB, deputado Henrique Alves, foi eleito presidente da Câmara:
O que mais poderia querer Eduardo Cunha dentro do Congresso para facilitar sua luta contra o Exame de Ordem? Que Renan Calheiros, também do PMDB, fosse eleito presidente do Senado?
Com 56 votos, Renan Calheiros é eleito presidente do Senado
Hummm...não é que ele foi eleito mesmo?
Não vamos especular aqui se o Exame vai cair ou não uma vez formado este contexto. Como se trata de política, o imponderável pode acontecer. MAs não consigo imaginar um arranjo mais favorável para o Eduardo Cunha do que este. Nunca um parlamentar contrário ao Exame da OAB reuniu tantas condições para implementar sua agenda.
Se Cunha vai ou não continuar a sua luta, eu não sei, mas agora, como nunca antes, ele têm tudo para no mínimo encaminhar o PL contra o Exame da melhor forma possível.
Sim, agora o desafeto declarado de Eduardo Cunha, o ex-presidente Ophir Cavalcante, não faz mais parte da equação, e o novo presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coêlho mal tomou posse e já tem um novo discurso na ponta da língua:
Marcus Vinicius defende diálogo de alto nível com poderes da República
O jogo na Câmara agora mudou.
Vamos ver que rumo este assunto tomará dentro desta nova conformação política.
------------
P.S. Como eu não entendo a fundo dos bastidores da política, acabei fazendo uma análise relativamente equivocada sobre o triunvirato peemedebista no Congresso Nacional. Após a publicação do post li alguns artigos interessantes e é necessário fazer este adendo.
Apesar de serem todos do mesmo partido, a relação entre Eduardo Cunha, Henrique Alves e Renan Calheiros não é um exatamente um caminho pavimentado com flores.
Aliás, nem mesmo a relação entre Cunha e outros membros da sua bancada é um mar de rosas. Leiam a matéria a seguir sobre o novo quadro do PMDB na Câmara:
PMDB racha na Câmara e fragiliza aliança com PT e Dilma em 2014
Eduardo Cunha ainda detém muito poder, mas, como já escrevi anteriormente, em política 2 + 2 nem sempre dá 4.