Algumas considerações sobre o fato da OAB não ter anulado nenhuma questão hoje

Sexta, 17 de janeiro de 2014

funil

A OAB anda meio elétrica após o X Exame de Ordem. Naquela edição ela foi fustigada por diversos lados, e de lá para cá andou apertando um monte de parafusos.

Mudou o provimento, introduziu a repescagem, anulou pela 1ª vez questões da 2ª fase, mudou o edital estreitando os critérios de admissão das peças, divulgou os nomes dos membros da banca e baixou o percentual de aprovação na 1ª fase das 2 últimas edições para algo próximo dos 20%.

Tudo isso em pouco menos de um ano! Mais alterações do que em toda a história do atual Exame de Ordem, contando a partir de 1994.

A nova direção é nitidamente REATIVA e não se importa muito com o que acham. Ela está dando um novo molde ao Exame, colocando quase todos os aspectos da prova dentro do bolso, da forma como está achando melhor visando minimizar ao máximo reclamações ou fortes reações, tal como vimos no X Exame Unificado.

E imagino que novos eventuais problemas encontrem uma resposta de pronto na edição seguinte, pois este é o novo perfil da banca.

Não vamos nos enganar: a coisa não está fácil!

O candidato que quer ser aprovado não pode, em HIPÓTESE ALGUMA, depender da boa vontade da OAB ou da FGV. Se chegar neste ponto, suas chances de sucesso serão drasticamente reduzidas.

Estou começando a constatar que a era da anulação de 3 ou mais questões está indo para o beleléu. E os examinandos só têm um caminho a seguir: fugir das probabilidades! Ou se garante nos estudos ou vai amargar na mão da Ordem.

Isso já era o óbvio. Agora, é radicalmente óbvio.

A repescagem em si mesma ainda é uma incógnita. A próxima prova vai nos dizer como a FGV vai modular a dificuldade das peças e das questões subjetivas, mas ao menos nas duas últimas provas objetivas já vimos que a coisa ficou mais apertada. Não é uma tendência ainda porque precisaríamos de ao menos mais uma edição do certame para efetivamente tirarmos uma conclusão mais balizada, mais refinada, mas creio que minhas impressões não estão erradas.

Por pior que seja, devemos retirar deste momento uma lição: o quanto antes o candidato der início aos estudos, melhor! Não falo aqui de iniciar os estudos faltando 3 ou 4 meses para a prova. Sugiro que os estudos tenham início pelo menos uns 6 meses antes. Muitos poderão achar que o prazo é muito elastecido, mas os percentuais de reprovação não estão se importando muito com isso.

A prova da OAB é coisa séria e estudar depende de PLANEJAMENTO e tempo de preparação.

Guia de preparação e cronograma de estudos para a 1ª fase do XIII Exame de Ordem

Deem mais uma olhada no cronograma do Exame neste ano:

2

Anotem as datas e deem início a um planejamento.

Não posterguem, não adiem e não incorram no erro de adiar o início da preparação de forma a abranger todo o conteúdo.

A OAB e a FGV não vão ter pena de vocês! Hoje nós vimos isso mais uma vez...