A variante Ômicron ameaça o XXXIV Exame de Ordem?

Terça, 30 de novembro de 2021

A variante Ômicron ameaça o XXXIV Exame de Ordem?

Nos últimos dias surgiram informações sobre uma nova variante do Coronavírus, a mutação Ômicron, que tem uma taxa de transmissibilidade elevadíssima e colocou o mundo em alerta mais uma vez.

A preocupação de termos um terceiro adiamento do Exame de Ordem passa a ser algo natural. 

Em 2020 e 2021 tivemos dois grandes adiamentos da prova, o que fez os candidatos perderem praticamente 3 edições completas da prova, afora ter bagunçado imensamente com o grau de dificuldade da prova. Quem fez o XXXII Exame de Ordem sabe bem disso.

Agora, com um relativo retorno à normalidade, vem a pergunta: corremos de fato um novo risco?

Temos de considerar que ainda não existem informações consolidadas e seguras sobre as características desta variante. 

O que temos é o seguinte:

1 - A variante Ômicron tem uma alta taxa de transmissibilidade, muito maior que a variante Delta. Este elemento foi o que assustou a OMS:

Veja - Variante Ômicron se espalha mais rápido, mas não se apresentou mais letal

2 - O Brasil tem hoje uma boa taxa de vacinação entre sua população. Segundo dados, 62,44% da população brasileira já está vacinada com duas doses.

G1 - Mapa da vacinação contra Covid-19 no Brasil

Atualmente, a África do Sul vacinou 28% da população ? sendo que 23% está com esquema vacinal completo. A Nigéria, que é o país mais populoso do continente, está com apenas 3% da população vacinada. No Quênia o índice é de 8%, enquanto na Etiópia é de 4,6% (considerando a primeira dose). 

Ou seja, a doença surgiu em locais com baixa taxa de cobertura vacinal.

3 - Apesar da alta taxa de transmissibilidade, a variante Ômicron, até agora, não se apresentou mais mortal.

A médica sul-africana, Angelique Coetzee, já tratou cerca de 30 pacientes com a variante Ômicron da covid-19 e afirmou que eles apresentaram apenas sintomas leves. Por enquanto, essas pessoas estão passando pelo período de recuperação sem a necessidade de internação. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também afirmou neste domingo (28), que ainda não há evidências de que a nova variante seja mais transmissível ou perigosa.

Zero Hora - Médica sul-africana diz que pacientes com Ômicron apresentam sintomas ?muito leves?

Isso é MUITO IMPORTANTE, pois o tratamento recebido pelos contaminados até agora foi considerado "conservador", sem a necessidade de ocupar leitos em hospitais.

Os lockdowns foram determinados exatamente para evitar a lotação em hospitais. Se a variante é mais amena em seus sintomas, a chances de lockdowns caem sensivelmente.

4 - Só saberemos de algo com segurança dentro de algumas semanas.

OMS diz que precisa de algumas semanas para compreender melhor nova variante do coronavírus

Parece ser inevitável que a nova variante ganhe todo o mundo, mas em princípio ela não pioraria o quadro a ponto de termos novos lockdows.

A informações preliminares dão conta de um vírus muito transmissível mas sem maior taxa de mortalidade.

Teremos prova?

Acredito que a primeira fase do XXXIV Exame de Ordem esteja preservada. Em face a atual movimentação das autoridade globais e do Brasil, a resposta dada a este vírus tem sido bem célere, afora um cenário de vacinação mais elevada no país, o que é algo importantíssimo.

E tenho fé que esta variante não seja grave a ponto de nos levar a um novo lockdown. As informações apresentadas até aqui dão forte esperança neste sentido.

Acredito que em mais 3 semanas, no máximo, poderemos ter um cenário claro o suficiente para avaliar os riscos para a futura prova.