Quinta, 8 de setembro de 2011
Recebi a seguinte pergunta, bastante interessante, de um leitor do Blog:
"Mauricio, gostaria de saber se para o estudo da OAB a resolução de questões deve SER SOMENTE DA FGV?"
A pergunta é pertinente pois a formulação das questões pela FGV não é igual ao do tempo do Cespe. E sua pertinência decorre do fato de estarmos indo apenas para a 4ª prova patrocinada pela nova parceira da OAB, e existem somente 280 questões das três provas anteriores para se treinar.
E 280 questões é muito, muito pouco.
E aqui temos o primeiro ponto a ser observado. A formulação das questões guarda algumas distinções, mas a temática, o conteúdo programático, em princípio tem sido o mesmo, porquanto este é determinado pela OAB. Dessa forma, resolver questões do Cespe é importantíssimo para o processo de aprendizagem, e isso não só pela carência de questões da FGV.
O ideal, obviamente, é focar no estilo da banca responsável pelo certame, mas a resolução de exercícios de outras bancas também faz parte do processo de aprendizagem, apreende-se com a análise de qualquer questão o conteúdo previamente estudado, ajudando o candidato a fixá-lo na memória.
Há de se observar a existência de duas modalidades de elaboração de questões. A primeira é a conceitual, e a segunda é a problematizadora.
A modalidade conceitual (conteudista) envolve a compreensão de um conceito e sua identificação dentro da questão, atendendo-se ao enunciado. O candidato precisa conhecer o conteúdo e identificar a assertiva correta em função do enunciado.
A utilização da memória e a percepção do certo e do errado são as chaves para a solução.
Na modalidade problematizadora (operatória) o candidato precisa não só conhecer o conceito como também estabelecer um raciocínio para identificar qual a solução mais adequada para o problema. Neste caso, será necessário o uso do raciocínio para estabelecer a adequação entre o conceito, o problema hipotético e a solução adequada. Ou seja, é preciso raciocinar.
Na prova do IV Exame Unificado tivemos uma prevalência das questões conceituais, com o uso da letra da lei na formulação das questões, mas também tivemos questões que exigiram a aplicação da norma a um caso em concreto, em um volume maior do que no tempo do Cespe.
Para saber mais: O estudo pela legislação seca e as questões objetivas da prova da OAB/FGV
Para treinar mais: Mais de 1200 questões grátis da FGV para estudo / Provas anteriores da FGV e Cespe
Como sugestão, acho interessante que questões de provas para técnicos e analistas judiciários também sejam resolvidas, inclusive por apresentarem um grau de dificuldade semelhante ou superior ao da OAB. Excelente para treinar.
Lembrem-se: o foco é, naturalmente, a FGV, mas a resolução de exercícios de QUALQUER banca é bom para se estudar, pois o Direito é sempre o mesmo.
Não deixem, dentro do processo de preparação para a prova, de resolverem muitos exercícios. Essa é uma etapa fundamental no processo de aprendizagem.
Só cuidado com provas muito antigas!!!