Segunda, 27 de abril de 2015
Imagine a seguinte cena: você é um soldado em plena batalha e seu comandante ordena que você avance em direção ao inimigo. E, como o tiroteiro está comendo solto, você tem de fazê-lo em meio a fumaça das explosões, tiros, carro e edifícios em chamas.
Você só consegue, na prática, ver uns 3 ou 4 metros adiante, se muito.
Isso deve ser, sem nenhuma sombra de dúvida, apavorante. Você não consegue ver o que vem pela frente em meio a uma batalha!
Mas como você é disciplinado, avança e, por azar, tromba com uma formação inimiga quase que no susto.
A morte, ou ser feito prisioneiro, são as consequências mais óbvias nesta circunstância. Você já era nesta guerra.
O filósofo, poeta e ensaísta espanhol George Santayana no livro ?Solilóquios na Inglaterra?, logo após o fim da Primeira Guerra Mundial, escreveu:
?E os pobres coitados acham que estão a salvo! Eles acham que a guerra acabou! Apenas os mortos viram o fim da guerra?
E ele estava certo. duas décadas mais tarde a Europa enfrentou a maior guerra de todas.
O fim da guerra, para quem está fazendo o Exame de Ordem, de forma figurada, é claro, está representada na reprovação.
Escrevi mais cedo sobre isto, sob o prisma técnico, sobre a forma de se combater a "névoa da guerra" durante a preparação para a OAB:
Fez o simulado do Portal? Então é hora de fazer a análise estatística de desempenho!
O texto acima, e seu conceito, vem sendo trabalhado há muito tempo aqui e faz parte do conceito que desenvolvi sobre preparação estratégica para o Exame de Ordem.
A parte técnica vocês conferem no link. Meu objetivo aqui, neste post, é falar sobre o aspecto conceitual e teórico sobre a necessidade de superar a própria ignorância quanto ao processo de preparação. E pretendo fazer isto usando alegoricamente conceitos próprios do campo de batalha.
Por que, de certa forma, alguns soldados e muitos estudantes enfrentam o mesmo problema: uma "névoa" que os impede de ver aquilo que vai a frente.
A "névoa da guerra" guarda correlação com a incerteza do quanto ao desafio logo adiante, a ignorância quanto a capacidade do inimigo e mesmo o caos gerando durante o combate, ou, alegoricamente, a um estado emocional adverso e as percepções truncadas advindas disto.
Deixando agora a guerra de lado, vamos falar de preparação para a OAB e da importância de se debelar a "névoa da guerra". E, aqui, a conceituação é simples.
O candidato efetivamente interessado em ser aprovado precisa saber ou praticar os seguintes pontos:
1 - O quanto ele mesmo sabe;
2 - Dimensionar, mesmo que de forma aproximada, o quanto não sabe;
3 - Como a prova é feita (distribuição e peso da questões, além da forma como elas são construídas);
4 - O conteúdo programático da prova;
5 - O treino prévio (simulados, avaliação de desempenho e sistemas de estudo);
6 - Mensuração de desempenho;
7 - Autoconhecimento e controle emocional.
Apreendendo estes conceitos e aplicando eles na prática, a névoa da guerra é dissipada e possibilidade de aprovação cresce sensivelmente.
O estudo NUNCA, mas nunca mesmo, deve ser o resultado de um processo aleatório, desordenado ou intuitivo. Com método, o desafio torna-se mais fácil de ser enfrentado e o resultado final, a aprovação, bem mais próxima.
Não deixem de baixar nosso cronograma de estudos:
Cronograma de Estudos para o XVII Exame de Ordem
Moral da história: a névoa, antes de tudo, não passa de desorganização, falta de disciplina e falta de metodologia. Tudo isso é completamente superável!
A aprovação tem um caminho, e o caminho pode ser perfeitamente trilhado.