Sexta, 29 de agosto de 2014
Imaginem um mundo onde a realidade não é aquilo visto por seus olhos.
Onde o que você acha está longe daquilo que simplesmente é.
Imaginem uma realidade intangível, onde a "verdade" depende da vontade um controle superior, que gerencia as regras ao seu bel prazer...
Não há colher, como também não há nenhum erro.
Onde você se esforça para tentar atingir seus objetivos, entregando seu suor, seu tempo e seus conhecimentos.
Meses de estudo após anos de faculdade, desviando de uma série de obstáculos para poder triunfar...
Mas o adversário...o adversário é muito mais poderoso. Ele controla tudo! A vontade vigente é a dele. Você tem todas as armas nas mãos, sabe o que tem de fazer.... ...mas mesmo assim a outra vontade sempre prevalece.Pelo menos 3 questões estavam efetivamente erradas nesta 1ª fase
XIV Exame da OAB ? Direito Constitucional ? Recurso para a questão do instituto da intervenção
XIV Exame de Ordem ? Ética Profissional ? Recurso para a questão do estagiário Matheus
O problema é que a NOSSA realidade não serve para o Exame de Ordem. O que serve é uma outra realidade...
...a realidade da Matrix do Exame de Ordem.
Lá tudo é diferente, lá as regras são outras.
É verdade, e isso precisa ser confessado, que a qualidade da prova da 1ª fase subiu MUITO desde o X Exame de Ordem. O número geral de recursos caiu drasticamente e isso é inegável.
Mas não é o suficiente a prova ter melhorado em termos de qualidade: os candidatos merecem a perfeição! Se, e somente se, a prova não atingir esse patamar, então a banca deveria corrigir as falhas anulando as questões viciadas. Seria o mais justo com todos e ninguém reclamaria de nada.
Simples assim!
Mas...
Vão dizer em que nas 3 últimas provas objetivas da OAB, onde não tivemos NENHUMA ANULADA, estavam todas perfeitas, imaculadas, prontas e acabadas em suas próprias perfeições?
Poupem-me! Só mesmo dentro da Matrix!
Aí voltamos para a mesma velha ladainha de sempre: são posturas assim que fragilizam o Exame de Ordem e abrem a brecha para seus detratores deitarem e rolarem em função das injustiças.
Uma prova justa não tem como ser criticada.
Mas só uma prova justa!
Essa aí, saída de dentro da Matrix, prejudica todo mundo: OAB, Exame de Ordem e examinandos.
Esse é o preço a se pagar.