Sexta, 21 de junho de 2013
Após a anulação das questões de Civil e da aceitação de mais de uma peça em Tributário, anunciada ontem pela OAB - ATENÇÃO! FGV publica comunicado anulando questões 3 e 4 de Civil e aceitando várias peças em Tributário - vários candidatos passaram a questionar: a FGV vai pesar a mão em outras disciplinas para compensar as anulações e o consequente incremento nas aprovações em Civil e Tributário.
A pergunta tem seu fundo de lógica: os examinandos sabem que a OAB mantém um percentual regular de aprovação final no Exame de Ordem, e isso poderia ser imposto mais uma vez agora.
Aprovações finais nas últimas edições do Exame de Ordem Unificado
Aqui nos deparamos com dois pontos: um padrão de correção deliberadamente cruel e péssimas correções de prova.
Eu NÃO acredito que a OAB vai, dolosamente, pesar a mão para reprovar mais. Uma determinação deliberada para piorar o padrão de todas as disciplinas visando achar uma estabilidade com dos tradicionais dados de reprovação.
Eu não acredito nisto. Não tenho uma razão específica para acreditar. Apenas não faz sentido: não existe um "espírito vingador" da banca que lute por compensações dentro da prova.
Sim, as estatísticas apontam para uma regularidade, e ela necessariamente deve derivar de parâmetros impostos. Mas agora, ao menos neste exame, creio que o resultado final será um ponto fora da curva em termos de aprovação.
Por outro lado, temos o problema da qualidade da correção. E aqui, neste ponto, não faço a menor ideia do futuro. Em várias edições passadas tivemos sérios problemas nas correções e agora, quando estamos diante de um recorde de aprovados (67 mil candidatos) na 1ª fase, as perspectivas não aparentam ser muito boas.
Sei que a FGV aumentou o efetivo de responsáveis pelas correções por conta do recorde absoluto de aprovações para dar conta de apresentar um trabalho com qualidade.
Mas ainda assim eu não boto a mão no fogo. O histórico da FGV não é dos melhores.
Resumindo: não acredito, dado o contexto, em retaliações.