Segunda, 19 de fevereiro de 2018
Não tenham dúvidas quanto a isto: a FGV foi uma mãe na correção das provas subjetivas da 2ª fase do XXIV Exame de Ordem.
Estou olhando algumas correções e colhendo vários feedbacks de alunos, candidatos e outros professores, e realmente a FGV pegou leve nesta 2ª fase.
Tanto pegou leve que isto ficou refletido nas estatísticas da 2ª fase:
XXIV Exame de Ordem tem aprovação recorde em uma segunda fase!
Não que isso seja ruim, óbvio que não é, mas é algo meio estranho, ao menos para mim.
E é estranho porque a qualidade das correções nunca foi o forte da banca. Ao contrário, sempre foi o ponto fraco. A última flexibilizada dada pela FGV ocorreu na 2ª fase do XXI Exame, mas isto ocorreu porque a prova objetiva havia sido medonha (foi a 3ª pior prova de todos os tempos).
É ainda mais curioso quando comparamos com a prova do XXIII, quando a banca botou para moer, impôs a maior reprovação da história da 1ª fase, não anulou nenhuma questão e foi madrasta também na 2ª fase.
Agora, na prova seguinte, do XXIV, tivemos uma 1ª fase justa, bem aplicada e com um percentual de aprovação alto, tivemos uma anulação (brigada pelo Blog, é bom não esquecer) e agora uma correção condescendente na 2ª fase.
Ou seja: nesta edição a FGV foi uma mãe com os examinandos.
Não posso deixar de fazer uma pergunta elementar: foi para compensar a prova do XXIII Exame?
Agora faço outra pergunta: a prova do XXV Exame vai vir cascuda de novo, pois esta do XXIV foi uma mãe?
Minha grande bronca com a organização do Exame de Ordem centra-se exatamente na falta de uma estabilidade estatística entre as edições. Por que um XXIII foi tão medonho e o XXIV tão mais palatável?
Eu não acredito na justificativa de que os candidatos se preparam mais. Que grande diferença na preparação ocorreu entre examinandos de duas provas consecutivas? A prova e sua correção, sem dúvidas, foram mais fáceis.
De toda forma, agora o XXIV Exame está quase completamente no passado. Temos de direcionar nossa atenção integralmente para a prova do XXV Exame e ficar aqui pensando se ela vai ser cascuda ou não.
Bom, como vocês já devem saber, a preparação para a OAB presume sempre projetarmos o pior cenário. Ou seja, devemos sempre estudar esperando a pior prova possível. Se ela de fato for ruim, dá para fazer frente, se for mais tranquila, faz ela com os pés nas costas.
Mas de toda forma, é muito estranho tanta bondade vinda da FGV. Ainda quero entender o que está se passando na cabeça da Fundação...