Quarta, 26 de maio de 2010
A impressão geral após a publicação do resultado final é que o Cespe pesou a mão e não foi nem um pouco benevolente na análise dos recursos.
Em uma rápida olhada nas listas de aprovados após os recursos das seccionais, é claramente perceptível, comparando-as com as listas dos aprovados antes dos recursos, que poucos lograram sucesso.
O site da OAB/DF mostra isso:
"A OAB/DF acolheu recursos de 56 candidatos que haviam sido reprovados na segunda fase do Exame de Ordem 2009.3. Com o resultado, o número de aprovado no Exame subiu de 654 para 710, o que equivale a uma aprovação de 20,23%."
Fonte: OAB/DF
Antes, o percentual de aprovados era de 18,37%, agora, 20,23%.
Se essa média se refletiu de forma uniforme entre as seccionais certamente terá sido a correção mais severa até então aplicada.
As principais reclamações centram-se na constatação de que os candidatos declinaram os argumentos exigidos no espelho e mesmo assim não obtiveram a pontuação necessária.
É nítida a percepção do aumento cada vez maior da dificuldade em ser aprovado no Exame de Ordem - Provas objetivas e subjetivas em que itens equivocados não são anulados, fim do uso da doutrina e do critério de arredondamento, inclusão de novas disciplinas, fim do recurso de embargos para as seccionais, etc, etc.
Volta e meio alguém levanta a bandeira do aproveitamento da aprovação na primeira fase nos exames subsequente. Sob a atual filosofia da OAB, isso nunca será implementado, e se for, implicará no aumento do grau de dificuldade da prova.
Com tanto critérios excludentes, fica difícil argumentar que o Exame de Ordem não representa uma reserva de mercado.