A ansiedade com o resultado da 2ª fase e o custo de oportunidade

Segunda, 4 de março de 2013

A espera pelo resultado da 2ª fase do Exame de Ordem normalmente é acompanhada pela ansiedade, manifestada em maior ou menor grau a depender da percepção de desempenho na prova.

Uns têm mais fé no resultado final, outros nem tanto.

E a ansiedade decorrente disto é imensa!

Aliás, falando nesses "outros", já tem gente afiando a faca para poder brigar contra a FGV. Um grupo de candidatos já estão pensando em impetrar Mandado de Segurança contra o gabarito, quando sequer sabemos o que a banca pensa.

Um MS preventivo, como estão ventilando por aí, não daria muito certo: inexiste ainda qualquer tipo de lesão, por pior que seja a visão sobre a qualidade do enunciado desta ou daquela prova (Constitucional e Empresarial, em termos mais específicos) ou o desempenho individual independente das circunstâncias.

"Ah, mas você não entende nossa situação!"

Entendo! Entendo e entendo muito bem. Eventual e futura briga é legítima, e sequer estou dizendo para vocês desistirem. Estou falando apenas para vocês controlarem a ansiedade. É altamente penoso, mas não há agora nenhuma alternativa para isto.

Hoje ninguém pode antecipar como será exatamente o gabarito da FGV. As análises, as mesas redondas e os gabaritos dos professores são meras expectativas quanto ao que a FGV pretende apresentar como padrão, mas nunca são a antecipação final e acabada do gabarito.

Aliás, este é o momento para parar e refletir um pouco sobre a próxima prova. Quem fez a 2ª fase do IX Exame e tem algum tipo de receio quanto ao desempenho precisa parar e pensar se não compensa estudar para a próxima prova, a do X Exame.

Trata-se de uma questão estratégica. Se ao final o resultado for negativo, o candidato estudou e não perdeu muito tempo para o X Exame. E se o resultado for positivo, ter estudado, em si mesmo, não poderá fazer nenhum tipo de mal, ao contrário até.

Não sei se vocês se deram conta, mas o resultado preliminar da 2ª fase será divulgado no dia 22 de março. Curiosamente, será o dia também da publicação do edital do X Exame de Ordem.

Pela 1ª vez a OAB casará essas duas datas, e os candidatos não terão muito tempo para pensar no que fazer. De hoje até o dia 22 nós temos exatos 18 dias.

E aí? Fazer o que até lá? Ficar reclamando de algo que não possível conhecer, mudar ou controlar?

Não estudar representa, na realidade, um custo de oportunidade. E o que é isto?

É um termo usado em economia para indicar o custo de algo em termos de uma oportunidade renunciada. No nosso caso, seria o custo de NÃO estudar 18 dias soba expectativa de sucesso na prova da 2ª fase. Se a aprovação vier, ótimo, nada se perdeu. Se ela não vier, perdeu não só a aprovação imediata como também esses 18 dias.

Como faltam 55 dias para a prova, perder 18 projetaria um impacto rigoroso em prejuízo do processo de preparação.

Falo aqui do uso alternativo do tempo, o custo de uma oportunidade perdido em razão de não se estar pronto para quando ela aparecer.

Imaginem um reprovação na OAB. Ficar sem a carteira pelos próximo 6 meses é um custo de oportunidade. Quantos processos ou oportunidades de emprego são perdidos nesse período? Ou seja, o quanto a progressão na carreira não é atrapalhada por não se conseguir passar na prova?

Esta é a questão!

Esquecer o que foi a prova da 2ª fase e pensar na próxima 1ª fase reduz o custo de oportunidade, adianta a vida do candidato.

Não implica, evidentemente, na renúncia à prova da 2ª fase e ao seu resultado. Digo apenas para direcionarem as energias para um objetivo mais útil enquanto o resultado, incerto, não vem.

Não é nada além de uma questão de bom senso.