Quarta, 26 de julho de 2017
No dia da prova conduzi uma rápida enquete sobre a impressão dos candidatos sobre a prova e, naturalmente, a percepção não foi muito boa.
Dentre os 2.617 participantes, 85,98% acharam a prova ou difícil ou, com escrito na enquete, "prova do cão".
Confiram os percentuais:
Não surpreenderia se o percentual de 85,98% correspondesse ao percentual de reprovação nesta 1ª fase, pois, mesmo ainda sem a lista de aprovados, é nítida a percepção de que o estrago entre os candidato foi fortíssimo.
OAB impõe um forte reposicionamento no Exame de Ordem
O tamanho do estrago do XXIII Exame de Ordem
Como já escrevi antes, a simples redução de 2 questões de Ética, disciplina-chave na 1ª fase, por si só faria um estrago considerável nos percentuais de aprovação. A isto somou-se questões com enunciados mais sofisticados, um acréscimo no número de questões interdisciplinares e temas novos na prova. O resultado não foi nada bom.
O fator surpresa, após tantas inovações, contribuiu também para derrubar os examinandos. Nenhum aviso foi dado, e a OAB poderia ter feito isto.
Claro! É complicado avisar que uma prova será mais complexa, mas inovações neste sentido poderiam ser introduzidas de forma gradual. Já a redução das questões de Ética poderia sim ter sido avisada.
Mas, gostemos ou não, foi feito da forma como foi.
Fica a séria advertência de que a preparação para a próxima prova deve ser feita de forma mais aprofundada e séria.
A OAB e a FGV não estão para brincadeiras.