Pelo menos 33 funcionários do Cebraspe demitidos após escândalo das fraudes

Quinta, 2 de novembro de 2017

Pelo menos 33 funcionários do Cebraspe demitidos após escândalo das fraudes

Mais de 33 funcionários do Cebraspe demitidos foram demitidos da instituição devido às fraudes realizadas pela Máfia dos Concursos. Apesar de não haver indícios da participação de outros servidores, a instituição decidiu desligar a equipe de organização e digitalização das provas ainda em março deste ano, quando as suspeitas de fraude começaram.

O ex-funcionário do Cebraspe (Antigo CESPE) Ricardo Silva do Nascimento foi preso na última segunda-feira, durante a segunda fase da operação Panoptes, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal. Ele trabalhava na instituição desde 2014 com o grupo.

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A PCDF não quis comentar se outros empregados serão investigados, mas não há nenhum indício de que Ricardo contava com ajuda dentro do órgão para fraudar as avaliações. Para o diretor-geral do Cebraspe, Paulo Portela, a decisão foi tomada para evitar a perda de credibilidade da instituição, já que, à época, ainda não havia confirmação de crime ou de autores. ?Por conta do Ricardo, tivemos que fazer o desligamento desses funcionários. A gente agiu na parte do processo que poderíamos?, afirmou o diretor-geral.

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33 funcionários do Cebraspe demitidos

Entre os funcionários estavam servidores, terceirizados e pessoas cedidas pela Universidade de Brasília (UnB) para atuar junto à instituição. Desde o início das suspeitas, o Cebraspe contribuiu com as investigações. Em uma das evidências, Ricardo foi flagrado pelas câmeras de segurança em atitude suspeita. ?Encaminhamos todos os vídeos para a polícia e, ontem, descobrimos que era um crime por causa da operação?, explicou Paulo Portela.

Quadrilhas

Apesar de não fazer parte da aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, o Cebraspe é realizador de grandes concursos no DF. A empresa afirmou que atualiza com frequência o sistema de segurança. ?Percebemos que estamos em um ambiente em que as quadrilhas se especializam para fraudar os concursos, e as instituições precisam estar preparadas?, afirmou Paulo Portela.

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Com essa nova operação, eles afirmaram que vão apostar em mais tecnologia. Um dos equipamentos promete detectar qualquer tipo de ponto eletrônico e bluetooth, em um raio de 100 a 150 metros. ?Temos uma equipe de rastreio de ondas eletromagnéticas, que permite bloquear tanto a informação que possa vir de fora para dentro, quanto de dentro para fora do ambiente de prova?, disse Portela.

Fonte: Correioweb