2015: o ano em que Eduardo Cunha acabará com o Exame de Ordem?

Segunda, 29 de dezembro de 2014

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Todos sabem, ou quem não sabe deve ficar ligado, que Eduardo Cunha, deputado reeleito pelo PMDB, é o favorito para ser eleito como presidente da Câmara dos Deputado em 2015.

Ele, Cunha, é notoriamente conhecido por afrontar diretamente a OAB e tentar, conseguindo ao menos assustar bastante, acabar com o Exame de Ordem.

E ele tentou de todas as formas, seja acabando com a taxa de inscrição ou com a prova em si mesma. Aliás, desde 2011, quando a Ordem articulou para retirá-lo da relatoria do então projeto do novo CPC, que Cunha aponta seus canhões para a OAB.

"E daí se ele for eleito para a presidência da Câmara, o que pode acontecer?"

A pergunta é pertinente, e a resposta é simples: tudo!

A principal atribuição do presidente da Câmara é a de definir a pauta de proposições a serem deliberadas pelo Plenário.

Ou seja: quando ele quiser ele bota a votação do Exame de Ordem na mesa para deliberação. Isso é extremamente preocupante, pois ele, como estrategista que é, pode fazer isso em um momento em que a Ordem não consiga articular seus representantes no plenário para defender seus interesses.

Entrando em pauta e sem prévia articulação, a votação pode ser favorável a um dos projetos que estão tramitando e preveem o fim do Exame.

Aliás, eu acho MUITO DIFÍCIL isso não acontecer, uma vez que Cunha tenha o poder de determinar a pauta de votações. Se for eleito como presidente da Câmara, é claro...

Em fevereiro saberemos então se a OAB vai ter de suar para defender minimamente o seu Exame na Câmara.

Evidentemente, caso o Exame caia no plenário da Câmara, ainda teremos a votação no Senado, e lá a Ordem teria, teoricamente, mais força.

Teoricamente...

Uma derrota no plenário impactaria de forma muito negativa para a prova da OAB.

2015 está aí. Vamos ver o que acontece.