Sexta, 9 de fevereiro de 2018
Hoje foi publicado no Diário Oficial da União a Portaria 103/18 do MEC, que versa sobre a relação de entidades civis e a forma de indicação para escolha de Conselheiros do Conselho Nacional de Educação - CNE.
A relação das entidades que poderão indicar os nomes a serem considerados para a recomposição da Câmara de Educação Básica e da Câmara de Educação Superior, que integram o Conselho Nacional de Educação, é bem ampla.
Temos a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas - UBES, a Associação Brasileira de Avaliação Educacional - ABAVE, a Academia Brasileira de Letras - ABL, a Associação dos Geógrafos Brasileiros - AGB, Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia - ANPOF, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação - CNTE e outras 39 entidades.
Adivinhem quem não faz parte da lista?
A OAB, é claro!
Nem a OAB e nem qualquer outro Conselho de Classe de profissões regulamentadas.
Curiosamente, quem é que mais briga pela QUALIDADE da educação? Os Conselhos, é claro:
OAB nega pedido de abertura de 18 cursos de direito
17 Conselhos de Classe divulgam dura carta contra o MEC
OAB propõe ação contra curso tecnológico de Gestão de Serviços Jurídicos
OAB rasga o verbo: ?Querem acabar com os professores universitários em 4 anos?
Conselhos Profissionais unidos contra o MEC
OAB declara guerra ao MEC e vai à Justiça contra cursos técnicos jurídicos
MEC atropela Conselhos de Classe
MEC retira poderes das seccionais junto aos estágios supervisionados
Nenhuma das entidades relacionadas na Portaria publicada hoje, nenhuma mesmo, manifestou qualquer contrariedade com a atual política educacional do MEC. Na verdade, nenhuma dessas entidades diz nada há muito tempo.
Já os Conselhos de Classe estão agindo fortemente para tentar diminuir o desastre educacional conduzido pelo MEC.
Resumindo: a composição da Câmara de Educação Básica e da Câmara de Educação Superior será algo apenas para inglês ver, sem força para fazer nada de útil em prol da educação nacional. Se não reclamam agora, não será dentro do CNE que irão reclamar.
O MEC não quer, de forma alguma, atrapalhar os desígnios do empresariado da educação.
O Governo Temer está sendo, sem dúvida, o pior para educação brasileira nos últimos 25 anos.
Confiram o Decreto 108/18 do MEC.