Grau de dificuldade do Exame de Ordem: o que esperar da próxima OAB?

Terça, 18 de julho de 2017

Grau de dificuldade do Exame de Ordem: o que esperar da próxima OAB?

Nestes alturas do campeonato todos os candidatos teorizam sobre o grau de dificuldade do Exame de Ordem e o que esperar da próxima OAB.

Nada mais natural, até porque faltando 5 dias para o derradeiro momento não pensar nisso é algo meio impossível. Só examinandos que não têm sangue nas veias estão despreocupados com a futura prova.

O problema é conseguir, minimamente, projetar o seu futuro grau de dificuldade sem incorrer em puro achismo ou futurologia barata.

Talvez vocês façam a seguinte pergunta: "Mas o grau de dificuldade da prova oscila o suficiente para gerar essa preocupação?"

Não precisamos ir nem um pouco longe no tempo para respondermos de forma categórica: Sim!!!

Primeiro vamos olhar para o XXI Exame.

As duas provas anteriores, XIX e XX não apresentaram nada de espetacular para os candidatos: não foram provas fáceis, mas também não foram nenhum terror.

Aí veio o XXI, aplicada em novembro passado.

Fez-se o apocalipse das reprovações.

Uma prova mais complicada, muito difícil e com altíssimo percentual de reprovação. Reprovação tão alta que a OAB não divulgou a lista preliminar de aprovados. Simplesmente adiou essa divulgação um dia e anulou 2 questões de ofício no dia seguinte, para a coisa não ficar tão feia assim.

Moral da história: uns 15% dos candidatos foram aprovados na 1ª fase, se muito.

As 12 armadilhas da prova da OAB

Curiosamente, já no XXII Exame, o último aplicado, a prova da 1ª fase foi muito, mas muito melhor se comparada com sua antecessora, com uma boa aprovação entre os candidatos. Seguramente uns 40% foram aprovados na prova objetiva.

A distinção entre o grau de dificuldade entre uma e outra edição é patente, manifesta, insofismável.

Aqui apresento uma outra verdade: NENHUMA edição do Exame de Ordem unificado, absolutamente nenhuma, conseguiu manter por 3 edições um mesmo padrão.

Isso nunca aconteceu, e eu acompanho o Exame de Ordem bem antes da unificação total, ainda no tempo do CESPE.

No máximo duas provas seguidas são assemelhadas, para depois o grau de dificuldade ser modulado de alguma forma, geralmente para pior.

Tivemos como provas notoriamente difíceis, nos tempos recentes, o IX (a pior de todas), o XII, o XVI e o XXII.

Aparentemente, observando este padrão, outra prova complicada parece (apenas parece, não posso dar certezas) estar longe do horizonte dos candidatos.

E, como já observado, não parece fora de propósito termos uma prova assemelhada, ao menos sob o ponto de vista estatístico, com a prova do próprio XXII Exame. Não seria algo que fugiria ao normal do Exame, sendo que o normal está exatamente em termos oscilações com relativa frequência.

Os 6 principais pontos de preparação para a semana da prova da OAB

Difícil toda prova é; apenas faço a distinção entre muito ou pouco difícil, a depender do humor da FGV.

Evidentemente, após quase uma década pedindo para CESPE e FGV criarem um padrão nas provas, já está mais do que claro que as oscilações são impostas de forma deliberada.

Sim, elas fazem parte do que a entidade quer naquele momento. Termos variações faz parte da lógica da FGV em conjunto com a OAB.

Aquela questão de sempre: em que momento eles "apertam os botões" e mudam a prova?

Com a mais absoluta certeza as provas já estão impressas e prontas para o domingo, apenas aguardando o momento do transporte. Agora é apenas esperar pela revelação de seu conteúdo.

Tenho para mim, até mesmo por conta do trauma que foi o XXI Exame, que a próxima prova ainda vai respirar os efeitos daquela catastrófica prova.

Grau de dificuldade do Exame de Ordem

Logo, imagino que faz sentido apostar em uma prova nos moldes do XXII Exame, elaborada exatamente para amenizar a péssima impressão deixada pelo XXI.

Não é uma certeza, é tão somente uma aposta, mas ela faz sentido.

Tenho a certeza de que existe modulação do grau de dificuldade do Exame de Ordem entre as provas (aconteceu isso, de forma escancarada, na 2ª fase do XXI, até para compensar a reprovação macabra à época) e que isso segue um padrão, pensado, certamente, pela FGV.

A expectativa, portanto, é favorável aos examinandos.

Retirem o peso da ansiedade sobre o futuro da prova dos ombros e aposte que no próximo domingo a OAB apresentará para todos ao menos uma prova justa.

É o que os candidatos de todos os tempos sempre quiserem, e parece ser o que está destinado a vocês.