Estou muito inseguro com a prova da OAB: O que eu faço?

Sexta, 16 de março de 2018

Estou muito inseguro com a prova da OAB: O que eu faço?

Um questionamento interessante neste momento pré-prova: como controlar a ansiedade e a insegurança?

Um sentimento, evidentemente, muito comum aos candidatos de um modo geral.

Confiram:

Sou candidato pela primeira vez e vou prestar a 1ª fase , sendo que estudo com frequência há 3/4 meses. Tenho sofrido de grave insegurança, de modo que a opinião de um profissional seria muito bem vinda para que este temor seja um pouco apaziguado.

A insegurança recai sobre o resultado da resolução de provas anteriores da FGV que fiz. Realizei 4 provas e a média foi de 52 pontos (52, 54, 51 e 52). Assim, mesmo tendo feito quatro provas com resultados satisfatórios, fico em dúvida se foi sorte ou se se tratam de resultados sólidos, em que eu possa confiar.

Ademais, a média obtida de 52 pontos em provas é um fato no qual eu posso me apoiar para ir um pouco mais calmo para a prova, confiando no resultado de meus estudos?

Confiança é, EXCLUSIVAMENTE, o resultado de uma construção emocional.

Os elementos de construção, todavia, podem ser os mais diversos possíveis, internos e externos.

 A confiança seria resultado, portanto, daquilo que uma pessoa escolher para si como verdade. Pode ser estruturada sobre nada tangível, como a fé, ou pode também resultar de fortes elementos materiais.

Curiosamente, ainda que estes elementos estruturantes existam e sejam ao mesmo tempo consistentes, as incertezas, ainda assim, podem ser fortes.

E, também, sem nada concreto em mãos, a confiança pode ser absolutamente cega, irrevogável e inexpugnável.

Evidentemente nós queremos viver sobre certezas, especialmente quando falamos de uma prova.

Vamos aos fatos: o nosso amigo da mensagem tem um desempenho consistente em diferentes provas e simulados, com notas médias 10 pontos acima da nota mínima de aprovação (40).

É muito difícil, considerando aqui um desempenho médio consistente (ou seja, submetido a reiterados testes), que um candidato não o consiga repetir na futura prova.

E isso tem uma explicação muito lógica: o desempenho médio é resultado de um certo nível de conhecimento.

O conhecimento está lá!

Se o desempenho bom fosse obtido apenas em um teste, a dúvida seria razoável. Mas não, o bom desempenho médio é resultado de várias avaliações distintas.

Aqui se aplica a lógica por indução, mas tendo vários elementos que permitem constatar que a indução (conclusão geral retirada da avaliação de partes do todo) é consistente pelo número de simulados feitos.

A insegurança, por conclusão, não se justifica: o candidato está efetivamente preparado!

O problema, como escrevi mais acima, é que a convicção é resultado de uma construção emocional, não guardando diretamente vínculos com os fatos, mas sim com psiquê do examinando.

Ele, e somente ele, pode se convencer de que está pronto. Ajudaria no processo uma análise pragmática dos resultados e a percepção de que as notas NÃO SÃO resultado da sorte ou do acaso, mas sim derivam de uma real capacidade em resolver as questões, em uma pontuação que extrapola, e bem, os 50%.

Eu, no lugar dele, estaria transbordando confiança.

E essa é a lição: vocês tem de olhar para o próprio desempenho médio em simulados e provas anteriores e trabalharem a certeza de que irão bem na prova caso as notas sejam minimamente razoáveis.

Tenham fé em vocês mesmos. Esse é o caminho!