As 5 crenças que dificultam sua aprovação no Exame de Ordem

Quinta, 15 de fevereiro de 2018

As 5 crenças que dificultam sua aprovação no Exame de Ordem

A ineficiência, em qualquer ramo de atividade, pode ser o resultado de uma série de fatores, dentre os quais destaco os seguintes:

1 - desconhecimento

2 - passividade

3 - descrença

É inevitavelmente doloroso para qualquer pessoa confrontar com as próprias limitações e se conformar com o fato de que a ineficiência é, antes de tudo, o resultado de uma ESCOLHA.

Sim! Ser ineficiente é, em sua essência, o resultado de escolhas, conscientes ou não. O resultado direto de crenças e comportamentos improdutivos que atrasam a vida de quem almeja atingir um patamar mais alto na vida e, em especial, no Exame de Ordem.

E que comportamentos são esses? E como superá-los?

Descrever os comportamentos é algo até relativamente fácil, o difícil é visualizá-los em si mesmo e, acima de tudo, quebrar com os hábitos (e crenças) que os sustentam.

Nós sabemos que um número expressivo de candidatos naufragam diante da prova. Mais de 8 em cada 10 estudantes que fizeram o Exame nos últimos quatro anos reprovaram, ou seja, 82,5%. E esses são dados oficiais que constam da segunda edição do relatório ?Exame de Ordem em Números?.

Dos mais de 1,3 milhão de inscritos entre os Exame II e XIII, apenas 234 mil (17,5%) foram aprovados.

Ao analisar o CPF de cada candidato, o estudo conseguiu identificar quantas vezes cada um precisava fazer o exame até conseguir a aprovação. Por isso, no universo de 1,3 milhão de inscritos foram contabilizadas pessoas que se inscreveram até 12 vezes. Na verdade, nesses quatro anos, foram 487 mil estudantes e bacharéis de Direito que passaram no exame.

E destes, 101,3 mil (43,3%) tiveram sucesso logo na primeira tentativa. O percentual vai diminuindo conforme o número de tentativas. Quase 50 mil (21,3%) precisaram de dois exames para passar, enquanto outros 32,3 mil (13,8%) só foram aprovados após três tentativas.

Isso pode criar verdadeiros complexos em candidatos, muito provavelmente vitimados em razão de suas próprias crenças, tão somente crenças, que os impedem de finalmente atingir a aprovação.

Então pare de acreditar nessas coisas:

1 - Eu não sei se posso

Nunca deixe que você mesmo ou outras pessoas lhe digam o que você não é capaz. Geralmente isso é o resultado de uma reprovação prévia ou de um temor injustificado da prova.

A prova não é isso tudo!!

Afirmar que a prova "não é isso tudo" parece até uma piada, em especial após a apresentação de estatísticas tão contundentes, mas não estou errado ao afirmar isso.

Não que seja fácil, mas não é uma tarefa de outro mundo. Um grande percentual dos reprovados não tiveram em suas faculdades uma base consistente de estudos (seja porque a faculdade é ruim ou porque não foram simplesmente bons alunos), não estudaram com metodologia, ou com um material adequado, deixaram para estudar em cima da hora ou simplesmente foram com a cara e a coragem para a prova.

As aprovações estão vinculadas, em regra, a candidatos que estudaram muito ou reprovaram algumas vezes até acharem "o ponto" de preparação.

A maior parte dos aprovados passa na 1ª ou na 2ª tentativa.

Em suma: todos podem ser aprovados, desde que se dediquem corretamente ao objetivo, com seriedade e método.

É difícil, mas não é impossível.

2 - Posso lidar com isso depois

Sem um plano você vai ficar onde está: a hora é agora!

Não existe isso de deixar a prova para depois ou projetar a crença de que a aprovação virá naturalmente a partir daquele belo dia em que as conjunções astrais mudarem e você finalmente vai estudar com afinco.

Isso não existe!

O "depois" é uma tremenda, incomensurável armadilha emocional. É o medo de sair, agora, da zona de conforto para transformar ao poucos a realidade.

Não existe o depois para quem quer algo. Se a sua mente trabalha com a postergação, você já é vítima de uma crença equivocada. E essa é, sem dúvida, uma das mais ardilosas armadilhas emocionais. E

Lembre-se qu eo destino nos julga pelo o que fazemos e não pelo o que falamos. Acorde todas as manhãs determinado, para que as tarefas do dia sejam cumpridas e se possa dormir satisfeito.

Tenha a coragem e a disciplina HOJE, agora, para fazer o que é necessário em seu tempo, ao invés de postegar sempre e viver apenas como o sonho de que pode fazer, sem entretanto efetivamente realizar.

3 - É muita coisa para estudar

A vida nem sempre é o que desejamos, e muito menos fácil.

Agir normalmente diante de uma situação desafiadora só tende a tornar tudo muito mais difícil.

Só existe uma alternativa diante do que deve ser feito: efetivamente fazê-lo!

A estratégia testada pelo tempo para tornar a vida mais fácil é realmente trabalhar através de cada desafio na medida em que eles vão surgindo, sendo persistente e entregando o melhor de si mesmo.

Estudar é um processo cujos frutos levam tempo para serem colhidos, e isso implica em vencer um volume bastante considerável de conteúdo. É tal como a parábola da escadaria: só é possível vencer tudo se o primeiro degrau for vencido, e se a cada dia um degrau a mais for acrescentado na escalada.

E, a cada dia, o volume de conteúdo a ser estudado será cada vez menor, e a confiança no que foi estudado e aprendido vai crescendo, servindo de impulso para a continuidade do projeto até o seu fim.

É preciso perseverar!

4 - Eu não tenho a força necessária

Essa é uma crença terrível: não se achar bom o suficiente para ser aprovado, ou achar que aquilo não é para você.

Por que não?

Conheço pessoalmente, literalmente, dezenas de pessoas que preferem obter a carteira vendo o fim do Exame de Ordem do que simplesmente se inscrever e fazer a prova. Criaram para si mesma uma barreira ideológica e de desculpas para não "se venderem ao sistema". Questionam, criticam, acusam mas não enfrentam de frente a prova, em razão das próprias descrenças.

Levantar diante do obstáculo e simplesmente fazer algo sobre ele não é uma opção.

Não se trata de ter ou não a capacidade de passar ou não, e sim o de encarar o desafio INDEPENDENTEMENTE das consequências. Curiosamente, em regra, regra os desafios, quando enfrentados verdadeiramente, não são tão grandes como parecem ser.

Lembrem-se: a luta enfrentada hoje lhe ajuda a desenvolver a força necessária amanhã. Mesmo quando você dá o seu melhor e perde, não se trata de um derrota real. Ao contrário! Em vez disso, é apenas mais uma etapa dentro do processo de se atingir o fim almejado.

Não se entregue ao fracasso: desafie-o!

Você é mais forte do que você pensa!

5 - Não dou conta de fazer tudo de novo

Chega um momento em que as derrotas, somadas, são maiores do que a vontade de vencer. E aí o candidato desiste.

É muito comum em muitos candidatos reprovados, ao se depararem coma  repetição de todo o processo de preparação, bater um terrível desânimo e sucumbirem diante dele.

Isso implica não só em não estudar: sucumbir também pode ser visto como estudar de forma desleixada.

"Já sei isso", "já sei aquilo", "preciso só fazer ajustes" são raciocínios comuns entre um bom percentual dos candidatos que reprovam. E são, evidentemente, tremendas armadilhas emocionais.

Pior!

Eventual sucessão de reprovações (e quando falo em sucessão falo a partir de duas reprovações) pode parecer para muitos a entrada em um ciclo de desmotivação, tornando a tarefa de ser aprovado bem maior do que ela efetivamente é.

Não existe, evidentemente, solução fácil para isto. Mas, com certeza, a situação não só merece uma solução como ela deixa o examinando sem uma alternativa: para ter a carteira da OAB é preciso enfrentar todos estes elementos.

A tarefa, entretanto, não é impossível. O que complica o candidato ou é o seu emocional ou é a sua metodologia de estudo.

Muito dificilmente a dificuldade está além destes dois fatores. E se é um deles (ou os dois), as soluções são possíveis.

A tarefa nunca é maior do que a vontade de quem quer passar.

Nunca!

Uma boa dose de impiedosa auto-crítica (é ela que verdadeiramente mostra a realidade) e ajustes de conduta podem ser a chave para a aprovação.

Método e sangue frio: essa é a chave!