A má vontade da OAB na 1ª fase vai se repetir na 2ª?

Quinta, 10 de maio de 2018

A má vontade da OAB na 1ª fase vai se repetir na 2ª?

Na última terça a OAB mostrou mais uma vez que tem um coração gelado e não anulou nenhuma questão. De plano saltaram muitas perguntas e questionamentos sobre o que poderá ser o grau de dificuldade da prova da 2ª fase, especialmente após a Ordem mostrar está disposta a manter seu padrão.

A ideia assimilada por muitos candidatos é a de que se a OAB apertou os candidatos por não anular nada, então não vai hesitar em fazer o mesmo com os candidatos da próxima 2ª fase.

Mas isso não procede. Mantenho o mesmo ponto de vista da publicação do dia 24/04:

"Logo, as provas da 2ª fase não serão para arrebentar como também não representarão um alegre passeio no parque: nível de dificuldade razoável é a melhor perspectiva, como tem sido há pelo menos 5 edições seguidas."

O que esperar da 2ª fase do XXV Exame de Ordem?

E o termo é exatamente este: a manutenção de um padrão.

É nítido que o Exame de Ordem voltou a ter padrões, coisa que havia acabado por volta de 2013.

Antes, as provas da 1ª fase alternavam entre uma difícil e uma "fácil", sendo que a 2ª fase ia no sentido oposto: se a prova da 1ª fase era complicada, a da 2ª fase vinha mais tranquila, e vice-versa.

A partir de 2013 esse padrão desapareceu, e a prova entrou em uma fase "randômica", tornando muito difícil fazer previsões sobre como viriam as futuras edições.

A partir do XX Exame, contudo, tornou-se perceptível a adoção de um novo padrão.

As provas da 1ª fase, de fato, têm oscilado quanto a dificuldade, seguindo a lógica abaixo (sob o ponto de vista estatístico):

XX - Prova "boa"

XXI - Prova difícil

XXII - Prova "boa"

XXIII - Prova difícil

XXIV - Prova "boa"

XXV - Prova difícil (na verdade, mediana, mas como a banca apertou muito em Ética, tivemos um impacto forte nas estatísticas)

Já as provas da 2ª fase passaram a seguir um padrão único, sem oscilações quanto a dificuldade.

E esse é o ponto interessante para quem vai fazer a prova da 2ª fase do XXV Exame: a prova tende a ter a mesma complexidade das últimas 5 edições do Exame.

Enquanto vemos a clara oscilação na 1ª fase, a 2ª segue um padrão mediano, de forma relativamente estática, tirando um ou outro problema específico em algumas poucas disciplinas.

Não estou esperando, de verdade, nada de excepcional para vocês no dia 27/05.

Aliás, considerando uma aprovação mais baixa na atual 1ª fase, eu diria que quem de fato vai fazer a prova subjetiva deveria se animar e estudar ainda mais, pois as perspectivas são as melhores possíveis.

Há de se considerar também que a quantidade de erros na construção dos enunciados das peças e questões caiu bastante. Estamos longe do tempo em que era necessário brigar firmemente com a banca para sanar falhas graves na elaboração das peças.

Enxerguem a próxima 2ª fase como a grande oportunidade que ela efetivamente é: a oportunidade de vocês serem aprovados.

Bom ânimo e bons estudos!