O maior erro a ser cometido nesta reta final para a prova da 2ª fase

Segunda, 4 de maio de 2015

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Publiquei mais cedo o post sobre o fato de faltarem duas semanas para a prova da 2ª fase e colhi uma série de comentários que traduziam um único sentimento: medo!

É natural que a tensão e a ansiedade pela prova influenciem o emocional nesta reta final de preparação. Na verdade, e vamos ser honestos, é mesmo meio difícil pensar em outra coisa. Tem gente, sem exageros, que até sonha com a prova.

O aspecto emocional, e isso não é segredo para ninguém, pesa muito durante a preparação e, evidentemente, na hora da verdade.

Muitos de vocês, influenciados sobre os dados do Exame da OAB, ficam assustados e acham que a próxima prova sempre será a pior, ou acham que nunca estão prontos, ou que não vai dar tempo de estudar tudo.  

Em suma: muitos alimentam de forma contínua os próprios medos.

A preocupação com a futura prova faz e não faz sentido.

Faz sentido em função de um histórico do Exame e da convergência da percepção de que muitos candidatos em uma 2ª fase com muitos candidatos fará com que a FGV aplique uma prova mais cascuda para, digamos, manter um padrão de aprovação relativamente linear a cada edição.

Para se manter um padrão estatístico qualquer é preciso, evidentemente, se estabelecer um controle.

Mas vejam que a média geral final de aprovação de todas as edições, 17,5%, não é resultado de resultados estatisticamente homogêneos ao longos das edições do Exame Unificado. Em umas, marcadas em vermelho, os percentuais de aprovação foram maiores e, em outras, menores.

Ou seja: o resultado final de um Exame de Ordem passa por flutuações, a depender das estatísticas tanto da 1ª fase como da 2ª.

NOTA: aqui parto da premissa que o grau de dificuldade é mensura exclusivamente pelos percentuais de aprovação. Dificuldade é sempre um conceito subjetivo; já a análise pelas estatísticas é sempre objetiva e quantificável.

Logo, a preocupação também NÃO faz sentido porque a próxima 2ª fase pode estar em uma "zona de flutuação positiva" e os percentuais podem oscilar para cima.

Escrevi sobre isto mais de uma vez, inclusive:

Duas semanas para a prova! Uma análise das últimas edições da 2ª fase

O que esperar da 2ª fase do XVI Exame de Ordem? Vai ser pancada igual a prova objetiva?

Faz sentido acreditar em uma boa prova no próximo dia 17!

Ninguém sabe como ela será, evidentemente, mas se a FGV seguir o padrão que está tentando implementar desde o X Exame de Ordem, e que conseguiu fazê-lo com sucesso nas duas últimas edições, é muito provável termos uma boa 2ª fase.

Não faz sentido neurotizar com uma prova cujos sinais são, até agora, positivos para vocês!

Acho, e acho de coração, que agora é o momento de cada candidato assumir uma simples verdade: cada um está diante de uma grande chance de ser aprovado no Exame de Ordem.

E é uma grande chance pelos seguintes motivos:

1 - Sempre, sempre e sempre a aprovação é resultado do mérito individual e pessoal. Será cada um de vocês que estarão ali na hora da verdade;

2 - Prova nenhuma, em época alguma, será capaz de derrubar o candidato muito preparado. Quem estuda FAZ a prova e molda sua aprovação;

3 - A FGV e a OAB realmente querem evitar problemas na 2ª fase, ESPECIALMENTE porque eles são muitíssimo mais problemáticos em comparação com a 1ª fase. Problemas na 2ª fase costumam virar guerras entre os candidatos e a banca. Claro, problemas aconteceram em quase todas as edições, mas nas últimas a qualidade da prova, inegavelmente, subiu.

Aliás, depois do X Exame de Ordem, o mais conturbado de todos, o zelo na condução da prova subiu muito.

Então eu vou achar o que eu sempre acho, mais uma vez: o candidato bem preparado faz seu caminho até a aprovação!

Isso é de uma obviedade meio explícita, não é?

É sim!

E o que é ser "bem preparado?" Vamos lá:

1 - É ter domínio da sistemática processual de sua disciplina, sabendo identificar a partir do caso em concreto a solução processual adequada;

2 - É ter o domínio e facilidade de manuseio do vade mecum, sabendo identificar todos os pontos de Direito material e processual cobrados na prova;

3 - É ter resolvido muitas peças e questões, ou seja, estar familiarizado com a natureza da sua disciplina e a forma como ela é cobrada na prova;

4 - E é, entre tudo, ter uma boa dose de AUTOCONFIANÇA.

E aqui, neste exato ponto, o fator autoconfiança necessariamente deve obliterar por completo qualquer medo decorrente da futura perspectiva da prova.

Agora, jovens, é hora de cada um focar a si mesmo e entrar de cabeça na preparação!

Esqueça todo o resto, em especial as especulações. A prova pode ser algo, mas ninguém tem como saber mesmo. É alimentar uma fonte desnecessária de ansiedade.

Faltam 13 dias para a prova. Dá para concluir a preparação e azeitar a máquina. Vocês devem fazer a sintonia fina neste tempo e resolver toda a sorte de exercícios, além de reforçar o lado doutrinário.

Deixem todos de lado qualquer prognóstico assustador e apostem em apenas uma coisa: na própria capacidade!

Lembrem-se que existem fatores que vocês não controlam, em especial a forma como a prova é feita. Se isto não é passível de controle, então não deve ser objeto de receio.

A prova pode vir como vier, a missão de vocês é a de serem aprovados!

O maior erro é ter MEDO!