De 34 para 57 pontos na 1ª fase: o impacto da mudança de metodologia de estudo para a OAB

Quinta, 8 de junho de 2017

De 34 para 57 pontos na 1ª fase: o impacto da mudança de metodologia de estudo para a OAB

Recebi ontem um texto muito interessante narrando a mudança de metodologia de estudo de uma candidata e como isso impactou sua forma de se preparar para a OAB. Mais do que isto, como a mudança a levou para a aprovação.

Após colher alguns fracassos e reprovações na 1ª fase, ela refez o método de estudo, encontrou as deficiências e estudou com a devida estratégia.

Evidentemente, isso gerou frutos. De uma reprovação na 1ª fase do XXI Exame de Ordem, quando fez 34 pontos, ela pulou para uma aprovação na 1ª fase do XXII Exame fazendo 57.

É uma evolução muito significativa!

Mas mais importante do que ser simplesmente aprovada, é a demonstração de que a metodologia empregada para ser aprovado no Exame de Ordem pode produzir excelentes resultados, ou seja, muitas das reprovações não guardam correlação com a "inteligência" de ninguém, mas sim do método usado.

Ou seja: a mudança de metodologia de estudo faz muito sentido quando os resultados não aparecem.

Vejam o relato da Suely, a candidata que se reinventou na OAB:

"Estava aqui lendo sua matéria sobre o medo de fracassar na OAB.

Eu tbm fazia o exame e ficava entre 38-39, no XXI exame eu fiz cursinho e fiz 34 pontos, meu pior resultado.

Para o XXII eu mudei o meu método de estudo depois que li uma matéria aqui no blog falando sobre como estudar. Por exemplo, eu tinha muita dificuldade em estudar cada dia uma disciplina e sofria muito com isso. Até que um dia cai numa matéria aqui que falava que isso depende muito de cada aluno e aí aceitei o que já sabia, pra mim funcionava melhor esgotar o conteúdo de uma disciplina e depois estudar outra.

A partir desse dia eu fiz um cronograma de estudos, imprimi calendário do mês de março e anotei em cada semana a matéria que tinha que estudar, e o que estudar em cada dia. Não comprei cursinho, comprei um livro desses de resumo de todas as disciplinas e escolhi quais as matérias iria dar prioridade para estudar até o dia da prova. Com base nisso minha meta era ler todo o conteúdo do meu livro sobre a matéria "X", dividia o numero de paginas pelo numero de dias da semana, tipo 10 paginas por dia. Alinhado a isso eu fazia questões todos os dias sobre aquela matéria e lia a lei seca.

Deixei ética para a ultima semana. E li aqui para ler ao menos 3 vezes cada, e assim eu fiz.

Fazia questões no jurisway e no app prova jurídico. Resolvi mais de 1500 questões ao final.

Mas sai de um resultado 34 no XXI exame, para 57 pontos no XXII exame.

É realmente o que você fala: mudar o método de estudos, identificar as deficiências.

De um lado tinha preguiça de estudar, do outro não sabia como estudar. Fui descobrindo sozinha, testando mesmo, vendo o que era melhor pra mim.

Eu li tudo no seu blog, cada dica. Eu assisti o revisaço e o ultimo treino no Cers, o que me ajudou muitooooo.

Para a segunda etapa eu também estudei sozinha. Comprei a CLT, e um livro de direito material e processual e um livro para a segunda etapa da Aryanna Linhares.

Segui a mesma linha, cronograma de estudos diário e por semana e muito treinamento.

Li uma matéria em quem você respondia uma menina sobre o medo de esquecer as coisas, e é bem isso mesmo, com muitoooo treino você não esquece. Minha estrutura da petição inicial ficou certinha, posso ter errado como formular o pedido, algo assim, mas não esqueci nada.

Eu acredito na vitória, mas ainda aguardo o resultado da oab, mas com base nesses livros, estudando sozinha, consegui fazer uma boa prova,

No dia do revisaço um professor de ética, não sei o nome dele, mas não é o Paulo Machado, fez uma pergunta: você é advogado? Se a resposta for positiva você vai chegar no dia da prova e responder as questões como se fosse um cliente seu. E assim eu fiz, diante de cada questão que eu "não sabia" eu parava e me perguntava se eu era advogada e que eu não poderia deixar o meu cliente sem resposta. Isso fez tanta diferença na minha vida.

Oab é um processo exaustivo, mexe muito com o emocional, eu emagreci 7kg durante os meses de preparação. Foi árduo, mas nunca desisti. Passei pela primeira vez na quinta tentativa. Mas a responsabilidade pelo fracasso era só minha. Emocional e esforço pessoal mesmo.

O blog me ajudou muitooooo?cada dica, cada conselho motivacional. Então, obrigada pela sensibilidade em escrever e nos ajudar a superar esse momento "especial" das nossas vidas."

Muito legal esse texto.

O ponto é que toda uma construção de uma metodologia de preparação para a OAB não caiu do céu, mas sim é resultado de muita mão na massa, da forma mais literal possível. A mudança de metodologia de estudo foi resultado de uma percepção honesta de si mesmo e o reconhecimento da necessidade de mudar quando o resultado positivo não se apresentava.

O que eu escrevo aqui, sempre, já passou pelo teste prático (ao longo de mais de 9 anos neste trabalho) ou é resultado de estudos científicos (devidamente embasados), e não de achismos ou invencionices na preparação.

Não existe atalhos para a aprovação: essa é a verdade.

Mas existem estratégias e metodologias sérias que conduzem pelo caminho correto, o caminho que leva à aprovação. E o caminho correto, não se enganem, não é de fácil transcurso: estudar de forma correta sempre tira a pessoa de sua zona de conforto.

Creiam: com método e empenho a aprovação vem.

Torcendo muito pela aprovação da Suely no próximo dia 20!