Quando estudar Ética Profissional na Prova da Ordem?

Terça, 26 de setembro de 2017

Quando estudar Ética Profissional na Prova da Ordem?

Ética Profissional na Prova da Ordem tem uma importância gigantesca se o candidato está pensando na aprovação. Digamos, sem nenhum exagero, que se trata da disciplina-chave da 1ª fase, a mais importante de todas.

Por isso mesmo pensar o momento certo de estudá-la faz todo o sentido: é preciso gabaritar as 8 questões!

Peraí! Como assim 8 questões?

Pois é....

Na última prova objetiva, sem avisar ninguém, a FGV reduziu o número de questões de Ética Profissional na Prova da Ordem de 10 para 8.

OAB impõe um forte reposicionamento no Exame de Ordem

Sim, foi ruim para os candidatos, não há dúvidas quanto a isto. Mas ainda assim a disciplina Ética ainda mantém a sua força.

Talvez, sob determinado ponto de vista, tenha se tornado ainda mais forte.

Isso porque um bom desempenho ANTES era o de acertar pelo menos 8 das 10 questões. Agora, vocês são OBRIGADOS a acertar essas 8 questões. Ética ainda guarda consigo a melhor relação custo/benefício da 1ª fase, considerando aqui o volume de conteúdo a ser estudado, a quantidade de questões na prova e o grau de dificuldade da matéria.

Cronograma de Estudos para a 1ª fase do XXIV Exame de Ordem

A redução, seguramente, não enfraqueceu a disciplina.

Aí vem a proposta: que tal tirar uns 3 dias AGORA para dar uma boa estudada em Ética Profissional?

A proposta pode parecer um tanto quanto prematura, mas ela faz sentido. E faz porque nas últimas provas as questões de Ética Profissional na Prova da Ordem vieram bem acima da média em termos de dificuldade, e isto sempre custa a aprovação de muita gente. E na última prova em especial, a coisa não foi fácil.

A pior prova do Exame de Ordem de todos os tempos!

Como vocês sabem (ou deveriam saber), a OAB não tem anulado questões. Um mar de candidatos ficou com 38 ou 39 pontos. Perguntem-se: quantos desses acertaram as 8 questões de Ética?

Sim! um errinho nessa disciplina em especial pode ter um custo altíssimo na hora da verdade.

Enunciados extensos e um aumento na reflexão sobre qual alternativa seria a correta. Sem medo de errar, afirmo que o grau de dificuldade médio das questões de Ética subiu consideravelmente nas últimas edições. O que antes eu achava que era tendência, hoje é um fato.

Ética representa 8 questões na prova, e, se vocês precisam acertar 40 delas para serem aprovados, então isso representa 20% do caminho para se chegar aos 40 pontos.

Ainda é muita coisa, mesmo considerando a redução. Daí a preocupação em estudar muito bem esta disciplina. Isso sem contar com o pequeno volume de conteúdo a ser estudado, o que facilita muito para os candidatos.

É um bom momento agora, portanto, estudar essa disciplina, para assimilar seus conceitos, e depois pegar pesado nela na última semana.

Curso de aprofundamento através da Resolução de Questões.

Sempre foi tentador afirmar que o melhor é deixar para estudar a Deontologia Jurídica nos 3 últimos dias antes da prova porque a matéria estaria mais "fresca" na cabeça. Mas agora, neste momento, faltam 54 dias para a prova.. Talvez estudar agora seja um desperdício de tempo, certo?

Não, não é!

Imaginem duas hipóteses de estudo:

1) o candidato tira três dias na véspera da prova e estuda Ética lendo as normas correlatas e resolvendo muitos exercícios;

Estatuto da Advocacia e da OAB (atualizado)

Regulamento Geral

Código de Ética e Disciplina

Provas objetivas anteriores do Exame Unificado

2) o candidato estuda AGORA, faltando 54 dias, lendo as normas correlatas e resolvendo exercícios e, faltando três dias para a prova, repete o procedimento, relendo as normas e refazendo os exercícios.

Pergunto: qual das duas hipóteses gerará uma SEDIMENTAÇÃO maior do conteúdo na cabeça?

Não questiono o frescor da informação na memória em ambas as hipóteses, mas creio que a sedimentação do conteúdo será mais intensa observando-se a 2ª hipótese.

E a razão é explicada em um texto do prof. Rogério Neiva:

""O professor Rogério Neiva, em seu livro Como se preparar para concursos públicos com alto rendimento, cita o neuropsicólogo Vitor da Fonseca, cuja percepção do processo de aprendizagem "compreende um processo funcional dinâmico que integra quatro componentes cognitivos essenciais: input (auditivo, visual, tácilo-quinnestésico etc.); cognição (atenção, memória, integração, processamento simultâneo e sequencial, compreensão, planificação, autorregulação etc.); output (falar, discutir, desenhar, observar, escrever, contar, resolver problemas etc.); retroalimentação (repetir, organizar, controlar, regular, realizar, etc.).""

Estudar agora e depois estudar na véspera da prova promoverá a RETROALIMENTAÇÃO do conteúdo. O candidato laborará novamente o conteúdo, criando um reforço no conteúdo, tanto em sua lógica como em seus elementos.

Ou seja, a memorização será mais intensa e eficaz.

O candidato lê ou assiste uma aula (input), compreende (cognição), resolve os exercícios (output), e repete o processo (retroalimentação), CONSOLIDANDO o conteúdo para depois disponibilizá-lo quando solicitado pelos comandos dos enunciados da prova objetiva.

Sob essa perspectiva, estudar ética agora por uns dois dias, de forma intensa, e depois, faltando apenas dois dias para a prova, seria a melhor alternativa.

E compensa estudar Ética Profissional na Prova da Ordem agora?

Aqui temos um questionamento interessante.

O tempo agora, para todos os candidatos, é um artigo de luxo. Desperdiçá-lo é um verdadeiro pecado.

O grande ponto da escolha entre uma alternativa ou outra está na sua eficiência. Obviamente reputo à segunda alternativa como a mais consistente, mas a primeira, de deixar para estudar faltando apenas dois ou três dias para a prova, pode atender as necessidades do candidato.

Isso em razão do volume relativamente pequeno de conteúdo a ser estudado.

Um metodologia interessante para ser utilizada é a de ler o Estatuto, o Código de Ética e o Regulamento Geral cada um três vezes seguidas, e depois resolver no MÍNIMO 180 questões de Deontologia.

O conteúdo, como já falamos, fica "fresquinho" na cabeça e o candidato faz bonito na prova.

Ou seja, o 1º método pode ser satisfatório tanto pela proximidade da prova como também por sua completude. Claro! Como já aduzi, o 2º modelo é o melhor, mais completo, mas o 1º pode atender às necessidades.

Ética Profissional na Prova da Ordem é importante porque, como escrevi acima, são questões em 80, representando 20% das questões necessárias para a aprovação (8 em 40).

Acertar 20% do necessário é um passo considerável rumo à aprovação na 1ª fase.

Agora, independente do momento do início da preparação em Ética, o candidato TEM de estudar, e muito, essa disciplina.

É a disciplina-chave da 1ª fase.