Quinta, 7 de dezembro de 2017
A reação nas redes sociais quanto a decisão da Estácio de demitir 1200 professores e recontratar outros 1200 com as regras da nova CLT foi bastante enérgica.
Estácio demite 1,2 mil professores e contrata 1,2 mil professores
Ontem a Estácio publicou em seu Facebook um comunicado explicando suas razões quanto a decisão de demitir os professores.
Confiram:
A publicação foi muito, mas muito mal recebida pelos internautas.
Milhares de comentários criticando duramente a decisão foram feitos por alunos questionando a decisão.
Nenhum comentário, entre os muitos que li, foi indulgente com a decisão. Na realidade eles foram extremamente ácidos.
Vejam alguns:
A totalidade dos comentários pode ser lida na página do Facebook da instituição:
O Ministério Público do Trabalho do Rio (MPT-Rio) resolveu instaurar um inquérito para investigar a forma como a Estácio está aplicando a reforma trabalhista.
O coordenador do Núcleo de Fraudes Trabalhistas do MPT-Rio, Rodrigo Carelli, afirmou que a conduta é claramente desrespeitosa com os professores:
"O MPT está atento a esses movimentos das empresas e iremos tomar medidas urgentes e enérgicas. Ao que parece, houve má interpretação das empresas sobre a reforma. O que parece, pelos casos, é que as empresas acham que vale tudo depois da reforma, e não é isso. A reforma não prevê nenhuma mágica, que permite desaparecer com empregados para recontratar de forma precária, por isso, hoje mesmo vamos abrir um inquérito para fazer a apuração."
?O presidente do grupo Estácio, Pedro Thompson, explicou a decisão da instituição:
"A investigação proposta pelo MPT está fora de contexto. Não estamos em desacordo com a legislação. Estamos dispensando 1.200 professores e vamos contratar outros 1.200. Estamos adequando o custo da hora/aula porque havia distorções para cima. Quem entrar, será remunerado de acordo com a média praticada pelo mercado."
Segundo o OGlobo, uma fonte ligada à universidade explicou que o objetivo foi o de cortar custos:
"A Estácio gostaria de poder fazer um ajuste para baixo no valor dos salários dos professores. Como isso não é permitido, a saída é demitir e contratar novos profissionais com remuneração menor."
Carlos Monteiro, especialista da CM Consultoria, empresa da área de educação, afirmou que a movimentação da Estácio deverá ser copiada por outros grupos educacionais em uma tentativa de corte de custos:
"Elas (as outras instituições) precisam compensar perdas com evasão de estudantes, os problemas com o Fies e a falta de um substituto com a força do Fies para fazer captação de novos alunos."
Com informações de OGlobo.