Terça, 4 de julho de 2017
O que vocês acham de programas que substituem as pessoas? Que tal um robô advogado, por exemplo?
Não é de agora que soluções tecnológicas avançadas estão de olho na advocacia e no trabalho dos advogados. "Robôs", que na verdade são programas, estão sendo criados para substituir o trabalho intelectual do homem, especialmente quando o assunto é análise de informação.
O detalhe no processo é que eles, os robôs, são programados para aprender com os próprios erros, e tudo isso na velocidade da computação.
O primeiro robô criado com este fim foi o ROSS, escritório de advocacia BakerHostetler, que roda no supercomputador Watson, da IBM, desempenhando suas atividades com uma qualidade e uma eficiência assombrosas.
Conheçam "Ross", o programa tocado pelo supercomputador Watson que promete "substituir" os advogados
Na verdade o ROSS não tem a pretensão de substituir somente advogados, mas também profissionais de muitas outras áreas.
Software de banco faz em segundos um trabalho que tomaria 360 mil horas de advogados
Esse movimento disruptivo acaba de chegar ao Brasil, com o lançamento do primeiro robô advogado do país, apto a auxiliar na solução de processos e casos.
A criadora do programa, a empresa Tikal Teck, diz que o serviço do robô advogado visa atender aos advogados na coleta de dados, organização de documentos, execução de cálculos, formatação de petições, acompanhamento de carteiras e rotina de processos, assessoria em colaborações, relatórios inteligentes e interpretação de decisões judiciais. O foco é aumentar a produtividade do escritório.
O diferencial está no trabalho de análise de dados, indo além do mero trabalho técnico.
Como se trata de um sistema de inteligência artificial, o advogado tem de ensinar o programa como agir. E quanto ele mais ele é utilizado em uma tarefa, mais eficiente ele se torna.
Evidentemente, a atuação deste tipo de programa vai roubar vagas no mercado de trabalho da advocacia, especialmente entre as atividades de copiar e colar petições.
Aliás, isso já está acontecendo em alguns escritórios de cobrança e de advocacia de massa no país e tende, naturalmente, a se propagar.
Isso exigirá dos novos advogados um esforço extra para se diferenciar no mercado. Pensar o Direito, em qualquer ramo jurídico, será o grande diferencial.
De uma forma ou de outra, não se enganem: o futuro já chegou!
Detalhe: ele não fez a prova da OAB para trabalhar. É mole?
Com informações da Infomoney.