Conheçam "Ross", o programa tocado pelo supercomputador Watson que promete "substituir" os advogados

Sexta, 30 de janeiro de 2015

IBM_Watson

Quando a maioria das pessoas pensam no computador cognitivo da IBM, o Watson, imaginam a máquina potente respondendo aos programas na velocidade da luz. Ele, graças ao trabalho de estudantes da Universidade de Toronto, vai agora ajudar casos legais, apoiando um novo serviço de pesquisa lei chamado Ross.

Advogados podem usar o Ross para fazer uma pergunta jurídica e o programa faz uma peneira através de milhares de documentos legais, estatutos, e casos já julgados para fornecer uma resposta. As respostas de Ross incluem citações legais, sugestão artigos para leitura e até mesmo um cálculo de um nível de confiança para ajudar advogados preparar seus casos. Isso porque Ross é uma plataforma de computação cognitiva. Ele aprende a partir de interações passadas, o que significa que as respostas de Ross vão crescer para serem mais precisas a medida em que ele vai sendo usado.

Ross foi criado a partir de uma ideia dos estudantes Andrew Arruda, Shuai Wang, Pargles Dall"Oglio, Jimoh Ovbiagele, e Akash Venat, todos da Universidade de Toronto, que construíram o aplicativo como parte do Concurso 2015 Watson University, cujo financiamento em prêmios ajuda alunos empreendedores que constroem sobre a plataforma em nuvem da IBM.

Igualzinho no Brasil...

A equipe da Universidade de Toronto ficou em segundo lugar na competição, e decidiu fazer a transição do projeto para uma startup independente.

Pois bem!

Cedo ou tarde o avanço das tecnologias vão engolir uma série de profissões, assim como já extinguiu tantas outras. O diferente aqui é a criação de um sistema que "pensa" em um campo recheado de subjetivismos. Evidentemente o sistema hoje é mais uma plataforma de consulta com a possibilidade um refinamento em seu trabalho por conta de suas características cognitivas.

Daqui 20 anos nada impede que tenhamos um sistema muito, mas muito mais sofisticado do que isto, baseado em sistemas de inteligência artificial. Essa possibilidade inclusive nem pode ser considerada como uma utopia ou um sonho romântico: isso VAI acontecer.

E não só "substituindo" advogados como também magistrados, ao menos no campo das possibilidades, até porque o ser humano, creio, não terá a coragem de delegar para uma máquina esse tipo de decisão.

Mas elas, as máquinas, poderão direcionar o trabalho de tal forma que os processos não só seja conduzidos de forma perfeita como também com grande celeridade. Uma magistrado poderia passar verbalmente quais os parâmetros que deseja em um caso em concreto e a máquina produziria a sentença de forma quase imediata. Depois, uma revisão e pronto: sentença prolatada.

Dá para sonhar com isso para o futuro.

Não tão distante assim, quem sabe.

Com informações da PSFK