Terça, 31 de outubro de 2017
Uma notícia espantosa: Uma mulher teria dado uma casa avaliada em R$ 800 mil para uma quadrilha envolvida em fraudes em concursos públicos em troca de duas vagas. Uma para o concurso para delegado e outra para Medicina, no Enem, para a filha, na Universidade Federal de Goiás (UFG).
O acordo foi descoberto pela Polícia Civil do Estado de Goiás que, junto com a Polícia Civil do Distrito Federal, deflagraram a 3ª fase da Operação Porta Fechada no dia de ontem.
Fraude nos concursos: Polícia Civil faz busca e apreensão no Cespe Fraude no Concurso de delegado da PCGO: fraudadores podem ser de ?dentro? do concursoA PCGO informa ainda que, apesar do pagamento, tanto a mãe como a filha não conseguiram as vagas prometidas pela quadrilha.
Existe a suspeita de que quatro pessoas teriam comprado vagas na faculdade de medicina da Universidade Federal de Goiás.
A quadrilha estavam se preparando para fraudar o ENEM 2017, valendo-se para isto de pontos eletrônicos. Os membros da quadrilha são investigados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, fraude em concurso público, corrupção ativa e passiva.
Já foram presas oito pessoas, sendo que também foram expedidos 11 mandados de condução coercitiva e 17 de busca e apreensão nas cidades de Goiânia e Nova Glória, em Goiás, e Brasília.
A polícia está investigando como a quadrilha conseguiu fraudar concursos para Delegado de Polícia. Segundo a polícia, as 13 primeiras colocações na prova objetiva para delegado foram obtidas por meio da compra de vagas. Os valores oscilavam entre R$ 150 mil e R$ 450 mil.
A quadrilha utilizava gente de dentro do Cebraspe (antigo CESPE) para fraudar concursos. No dia seguinte ao da prova o funcionário do Cebraspe pegava os cartões de resposta e os preenchia. Mas antes tomava o cuidado de esperar a publicação do gabarito oficial. Depois devolvia os cartões para a digitalização. Assim conseguia a aprovação dos candidatos no concurso para delegado.
A suspeita é de que esse ex-funcionário age desde 2013 e mais de cem pessoas tenham se beneficiado do esquema. Os investigadores agora trabalham para identificar essas pessoas para prendê-las e fazer com que percam a função pública.
Entre os alvos há ainda um aliciador, que ficava na porta de cursinhos fazendo amizade com concurseiros. Depois ele os encaminhava para os principais articuladores da fraude.
A polícia acredita que haja beneficiários do esquema em todo o Brasil. Os suspeitos vão responder por formação de organização criminosa, fraude a certame licitatório, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Com informações do da PCGO e do G1.