Quarta, 26 de julho de 2017
Chegou ao meu conhecimento uma representação feita no Ministério Público Federal de Alagoas por uma examinanda que fez a última prova da OAB, aplicada no domingo passado.
Segundo a narrativa, o envelope onde são acondicionadas as provas chegou violado ao local de prova, em um tamanho grande o suficiente para passar duas mãos.
A prova, ainda assim, teve continuidade, apesar da reclamação da candidata e de outros presentes.
Vários candidatos enviaram a mesma foto para mim, e a questão está ganhando reverberação nas redes sociais.
Pois bem: fui me informar e fiquei sabendo que de fato o envelope tinha furos, mas que eram pequenos e que foram resultado de uma pressão do ar interno do envelope, vindo a estourar o plástico.
É preciso ressaltar que fraudes no Exame de Ordem ocorrem em TODAS as edições. Pontos eletrônicos e colas são comuns na prova, alvo da ação de quadrilhas e candidatos inescrupulosos.
A OAB tem ciência desses fatos e sempre pede que a Polícia Federal investigue, mas não costuma dar publicidade a isso.
É bom lembrar que fraudes também acontecem em concursos públicos, vestibulares e no ENEM, e com regular frequência. Esses tipos de certames sempre são alvos de criminosos. A OAB não ficaria imune.
A própria OAB, de ofício, já anulou uma prova da 2ª fase do Exame de Ordem Unificado. A Ordem, e disto tenho certeza, não ficaria inerte ou silente caso uma fraude real tivesse ocorrido.
É preciso calma antes de afirmar algo de tão grande gravidade e com consequências seríssimas para dezenas de milhares de candidatos.