As possibilidades de anulações na 1ª fase do XXII Exame de Ordem

Segunda, 3 de abril de 2017

As possibilidades de anulações na 1ª fase do XXII Exame de Ordem

Quais são as possibilidades de anulações na 1ª fase do XXII Exame de Ordem? Na verdade, não existe um campo mais propício para se vender esperanças do que este.

O candidato com 38 ou 39 pontos acredita desde o coelhinho da páscoa até na vinda de ET's, dada a expectativa de ser aprovado com uma ou duas míseras anulações. Tudo vale!

Esse é um momento perigoso, pois esse candidato compra QUALQUER ideia e qualquer recurso que aparece na internet. Se for recurso, está valendo! A OAB tem de anular!

Aliás, observem a imperatividade da assertiva: a OAB TEM de anular!

Não é bem assim que a banda toca.

Bom...deixando as paixões de lado, vamos às estatísticas. Gostem ou não, elas não mentem...

Anulações da 1ª fase da OAB

Fica explícita a má vontade da banca em anular questões. Imensa má vontade.

E agora, José?

No IX e no XXI Exames a OAB anulou porque as provas foram cabulosas (curiosamente, as duas piores provas da era FGV). E só anulou por conta disto, muito possivelmente.

Na reaplicação da prova em Salvador, a única anulada era tão ridiculamente errada que nem houve discussão.

No mais, uma longa sequência de indiferença da banca perante muitos, mas muitos recursos verdadeiramente consistentes.

Qual é a maior disciplina da 2ª fase do XXII Exame de Ordem?

Ou seja: não é bem o recurso que anula uma questão.

E o que é?

Não sei, nunca consegui saber. Já vi recursos irretocáveis serem placidamente ignorados, e, com menor frequência, questões que ninguém dava nada ser anulada.

E, claro, o normal é a prova seguir por si mesma, sem anulações.

E por que hoje é assim? Por que as anulações passaram a ser tão difíceis?

Os cursos da 2ª fase do Portal estão de altíssimo nível! Confiram!

Antigamente o Exame era de competência não só do Conselho Federal como também das seccionais, e, exatamente por isso, os embates sobre o que fazer ou não com os recursos eram intensos, pois as seccionais não só divergiam entre si como também divergiam com o Conselho. Isso fez com que o processo de unificação passasse por sua mudança administrativa mais significativa: o afastamento das seccionais do processo decisório. Tudo passou a ser unica e exclusivamente da alçada da Comissão Nacional do Exame de Ordem.

Logo, antes, a certeza de termos anuladas era grande porque havia debate, controvérsia. Agora, com todo o processo decisório concentrado na Coordenação Nacional da prova, há uma harmonia na gestão, sem embates, e a adoção de uma tendência, no caso, a de não anular questões, fica mais fácil.

Os recursos, portanto, precisam ser cirúrgicos, pois só assim têm alguma chance de sucesso.

Na nossa avaliação, apenas dois recursos entram neste rol:

XXII Exame de Ordem: Recurso para a questão dos arquitetos Nivaldo e Amanda

XXII Exame de Ordem: Recurso para a questão da subseção da OAB

E agora? Como se pautar?

Essa é uma questão delicada e envolve a percepção do risco, de se assumir um risco. Aqui precisamos ponderar sobre as variáveis em torno desta prova.

E quais são elas?

1 - Prova difícil, mas nem tanto, com um aparente percentual de razoável para elevado de aprovações.

2 - Pouco recursos (2 da nossa parte).

Pois bem!

Quem fez 39 pontos tem ALGUMA chance! Não está nem de longe descartado o risco de nenhuma questão ser anulada.

Mas tem chance.

Quem fez 38 pontos ou menos, sendo sincero, terá de rezar muito para a banca anular 2 ou mais. Muito difícil serem aprovados

"Ah, mas o outro cursinho recomenda!"

Beleza, qualquer um pode recomendar qualquer coisa. Meu compromisso é em ser sério com vocês. E, em regra, e na maioria das vezes, eu acerto.

Mas não sou dono da verdade e nem pretendo ser. Por vezes é preciso dizer coisas que não agradam, infelizmente.

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De toda forma, o risco e suas consequências são suportados exclusivamente pelos candidatos. Quem se dispõe a arriscar e sabe que aguenta o tranco de uma eventual frustração pode se dar ao luxo de tentar a sorte.

Lembrando de um detalhe fundamental: a falta de anulações deriva de um PERFIL da banca, e não do jogo de dados. Ao se olhar como a banca decide as coisas, fica mais fácil tomar uma decisão.

O registro das anulações acima serve de guia para o mais inocente dos candidatos.